Ricardo Japiassu

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
Departamento de Educação/Campus XV – Valença/Ba

RESUMO
O artigo expõe a abordagem performática a objetos de aprendizado (OA) discutindo seus limites e possibilidades educativas no sistema gerenciador de aprendizado MOODLE. A partir de um curso em tópicos nesta plataforma SGA busca-se acompanhar como podem ocorrer, através do ensino semi-presencial, procedimentos clínicos e ludopedagógicos a objetos de aprendizado numa perspectiva interacionista. A atividade, o desenvolvimento cultural e o processo de (re)educação continuada do sujeito são investigados e promovidos através do seu engajamento espontâneo na (co)laboração de um e-coletivo autônomo – no caso, as turmas de alunos cadastrados em salas de aula virtuais.

Palavras-Chave
Atividade – Desenvolvimento cultural – Educação continuada – Educação à distância – Objetos de Aprendizado/OA
Psicologia performática – Sistemas de Gerenciamento do Aprendizado/SGA (LMS)

Apresentação

A otimização pedagógica dos sistemas de gerenciamento do aprendizado (SGA ou Learning Manager System/LMS) pode apresentar-se como desafio lúdico a todos enredados no/pelo aprendizado eletrônico (e-learning). Uma vez já amplamente constatada a necessidade de “repensar os processos de formação inicial e permanente [dos sujeitos]… nos ambientes on-line … indo além de [sua compreensão enquanto] meros receptores de dados”[1]  sugere-se, neste artigo, uma abordagem performática a objetos de aprendizado (OA ou Learning Object/LO) – concebidos aqui de modo mais abrangente, isto é, como toda “entidade digital ou não-digital, conteúdo ou componente de software, capaz de ser usado, reutilizado ou referenciado durante o processo de aprendizado provido por algum tipo de tecnologia.” [2]

Trata-se então de expor adiante alguns resultados parciais obtidos com a implementação de salas de aula virtuais por parte do Laboratório de Educomunicação-EducomLab do Grupo de Estudos e Pesquisas em Atividade, Desenvolvimento Cultural, Educação Continuada e à Distância-GEPADEad quando o pesquisador atuava no Departamento de Educação/Campus XV da Universidade do Estado da Bahia-Uneb em Valença/Ba (2005).

A abordagem performática ou da atuação

Na década de setenta psicoterapeutas sob a liderança de Fred Newman (teatro-educador, terapeuta, filósofo, dramaturgo e ativista político norteamericano) assumem o compromisso de “não causar mal nenhum” às pessoas que eventualmente os procurassem em busca de “tratamento.” [3]

Acreditando que muitas das interpretações, discursos, diagnósticos e “rótulos” da psicologia tradicional incomodavam um grande número de pessoas, esses profissionais da psicologia decidem criar um método terapêutico alternativo que não mais se encontrava fundamentado nas tradicionais afirmações psicológicas de caráter “medicalizante” sobre o sujeito, sobre seus sentimentos e suposta “doença” mental.

Como explica a professora doutora Lois Holzman, colaboradora de Newman há 30 anos, atual diretora de pesquisas e coordenadora do centro de treinamento de pessoal onde a terapia social vem sendo desenvolvida e ensinada, “naqueles anos iniciais, se você nos perguntasse o que era a terapia social, nós diríamos que ela era sobretudo uma anti-psicologia.” [4]

No decorrer dos anos oitenta as práticas terapêuticas em desenvolvimento no East Side Institute for Group and Short Term Psychotherapy de Nova Iorque revelam que ocorre, no processo terapêutico, bem menos a resolução de problemas e muito mais o CRESCIMENTO EMOCIONAL E SOCIAL DA PESSOA.

O alinhamento dos membros do grupo à perspectiva histórico-cultural da psicologia, postulada originalmente por Lev Vygotsky, os auxiliou a superarem uma concepção desenvolvimentista da psicologia, tradicionalmente assentada sobre a noção de “comportamento.” Desde então, os terapeutas sociais tem defendido a ATIVIDADE humana – e não o “comportamento” – como o objeto por excelência da psicologia.

Para isso teria contribuido particularmente as idéias do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein. A defesa wittgensteiniana da existência de um discurso hegemônico aprisionado por explicações causais e pelo “enrijecimento mental” do sujeito conduziu o grupo do East Side Institute ao entendimento de que os processos terapêuticos são, antes de tudo, caminhos através dos quais as pessoas podem vir a se relacionar com a linguagem e as práticas discursivas coletivas.

Uma relação com a linguagem e práticas discursivas portanto que não se restringe apenas ao ponto de vista explanatório, explicativo, definitivo e absoluto (instrucional) mas, ao contrário, como atividade provisória, tipicamente humana, de (co)laboração de sentidos (interacionista). Ou seja: como uma maneira culturalmente característica da vida social das mulheres, homens e crianças.

A principal descoberta dos terapeutas sociais é a de que a pessoa só obtém verdadeiro auxílio emocional na medida em que ela se encontra sinceramente engajada na (co)laboração coletiva DE/EM um grupo clínico.

A terapia social da atuação concebe portanto o processo terapêutico como uma modalidade muito particular de atividade clínica: a (co)laboração DE/EM grupo. O terapeuta relaciona-se com o grupo enquanto um Coletivo, ou seja, como uma unidade clínica desenvolvimental que está a criar-se e a recriar-se continuamente a si mesma.

O pressuposto fundamental da terapia social da performance ou atuação é a natureza sócio-histórica e cultural da emocionalidade humana – sua dimensão relacional e atualizada (processual, dialética) – por mais privado que possa ser um determinado sentimento.

Algumas “palavras de ordem” podem auxiliar a traduzir os objetivos terapêutico-pedagógicos desta abordagem: (1) – “Não cause dano a ninguem!” (2) – “Vamos (nos) desenvolver!” (3) – “Não queira explicar tudo!” (4) – “Co-labore o grupo!”

Trata-se então da (co)laboração de zonas de desenvolvimento proximais emocionais (ZDPs emocionais) que auxiliam o sujeito a lidar com a natureza provisória e relacional dos seus marcos identitários pessoais: “o coletivo (o grupo de terapia) joga jogos de linguagem … O jogo de linguagem expulsa para longe alguns dos excessos da linguagem emocional reificada, da abstração e da interpretação de modo a mostrar/descobrir a atividade da fala/discurso.[5]

Em All power to the developing! [Todo poder ao desenvolver-se!] Lois Holzman e Fred Newman afirmam que cunharam o termo zona de desenvolvimento proximal emocional buscando referir “os estágios terapêuticos PARA o desenvolvimento que são os grupos de terapia social.” [6]

Eles fazem questão de distinguir a expressão “estágios PARA o desenvolvimento” de “estágios DE desenvolvimento.”[7]  E reconhecem terem chegado à uma concepção dialética do processo desenvolvimental auxiliados pelo conceito de zona de desenvolvimento proximal[8]  originalmente formulado por Vygotsky: [9]

Neste sentido, a zdp de Vygotsky transforma a teoria dos estágios – a idéia de que o sujeito (à la Piaget e Freud) e de que a história humana (à la interpretações oficiais de Marx) seguem por uma progressão linear e teleológica. Estágios PARA o desenvolvimento parece ser mais adequado – e visivelmente mais pós-moderno – na caracterização do desenvolvimento (e revolução) humanos do que estágios DE desenvolvimento.
Pode-se dizer que o impacto estético, clínico e educativo da terapia social da atuação ou performance – particularmente em suas conexões com as práticas ludopedagógicas de ensino on-line – necessitam ainda serem melhor investigados, ao menos no Brasil.

Intervenções ludopedagógicas on-line na perspectiva da abordagem social da atuação certamente podem contribuir para elucidar as intrincadas relações que envolvem as noções de gênero, identidade, personalidade, deficiência, inclusão, exclusão, crescimento pessoal e desenvolvimento cultural na contemporaneidade.

A abordagem performática enfatiza a dialética Quem sou – Quem estou me tornando. Isso é: os sujeitos submetidos ao processo terapêutico/educativo são desafiados a atuarem para além de suas atuais possibilidades, abandonando aquela tradicional concepção da personalidade como algo “fixo” ou “definitivo”.

Configura-se então a proposição de uma intervenção clínica de natureza “ativa” que pressupõe a atuação do sujeito para muito além do que este pode realizar por si mesmo – se e quando entregue à resolução solitária de problemas.

O núcleo “duro” da terapia social da atuação, diferentemente das técnicas psicoterápicas baseadas no psicodrama e sociodrama de Boal e Moreno, não é a catarsis.[10]  Explico melhor: a terapia social da performance, na medida em que se propõe a criar zonas de desenvolvimento proximais emocionais-ZDPEs, converte-se em uma intervenção clínica/pedagógica que “não é concebida para ajudar os sujeitos a lidarem com seus problemas pessoais.”[11]

O objetivo, antes, é outro: o desenvolvimento emocional do sujeito através da construção de relações mais flexíveis (não reificadas) da pessoa em um determinado grupo – no caso específico que interessa aqui, no e-coletivo. [12]

Nas zonas de desenvolvimento proximais emocionais da terapia social, as pessoas são apoiadas pelo terapeuta [pelo professor] a fazerem o que se encontra além de suas possibilidades atuais (criar o grupo), a atuarem na perspectiva de quem estão se tornando. Ajudar as pessoas a criarem continuamente novas atuações para si mesmas é um caminho alternativo à rigidez de papéis, estágios e identidades, que causam tanta dor emocional (e que são denominados patologias). Na terapia social as pessoas criam novos modos de falar e de ouvir uns aos outros; elas criam sentido através do jogar com a linguagem.

Evidentemente uma exposição e discussão exaustivas da abordagem terapêutica social da performance ou atuação escapa aos objetivos deste breve artigo. O intuito aqui é unicamente notificar o leitor a existência deste fascinante caminho para a implementação de práticas ludopedagógicas presenciais e on-line que tenham como objetivo sincero o desenvolvimento cultural e crescimento pessoal do sujeito na perspectiva de uma educação emancipadora.

A problemática que enovela ações afirmativas de sujeitos e grupos marginalizados, macropolíticas oficiais inclusivistas digitais e micropolíticas consumistas excludentes do cotidiano pode encontrar nesta abordagem terapêutico-pedagógica uma poderosa aliada para a busca de um equacionamento destas complexas questões.

Uma evidência disso são os resultados obtidos pelo grupo de terapeutas sociais norteamericanos do Instituto da Costa Leste. Através, por exemplo, da participação do sujeito em performances ou atuações artístico-estéticas, o Programa Todos são Estrelas de teatro-educação social ajuda pessoas a se desenvolverem culturalmente bem como a crescerem emocional e socialmente.

Este projeto de pesquisa e ação cênica/terapêutica (co)labora coletivos oportunizando a reunião de pessoas com diferentes experiências e históricos de socialização buscando libertar a atuação do sujeito dos confins de um estreito entendimento da teatralildade como estando circunscrita apenas ao palco propriamente dito – ou ao interior das casas de espetáculo – ou ainda a um conjunto fixo, imutável e pré-determinado de papéis sociais.

Gordon e outros explicam-nos que o Programa Todos são Estrelas é guiado e inspirado pela terapia social, teoria histórico-cultural da atividade/CHAT, pelo jogo de identificação e pela teoria da performance. Esclarecem também que o jogo de identificação tem suas raízes na idéia de jogo de identidade do Dr. Kwame Anthony Appiah – que busca encorajar grupos não-hegemônicos a se distanciarem de uma concepção rígida de identidade, costumeiramente difundida pelas visões predominantes da psicologia tradicional e da sociedade hegemônica.[13]

Appiah, através do conceito de jogo de identidade, desafia-nos portanto a levarmos uma vida melhor na medida em que nossas identidades deixam de ser estreita e unicamente entendidas através do “quem nós somos” e do “quem nós não somos”: [14]

Toda identidade humana é construída, é histórica; todos compartilhamos nossa cota de pressuposições falsas, de erros e preconceitos que chamamos no dia-a-dia de “mito”, na religião de “heresia” e na ciência de “magia.” Histórias inventadas, biologias inventadas, afinidades culturais inventadas que se encontram enredadas em toda identidade. Cada uma delas é uma espécie de papel que necessita ser representado e estruturado por convenções narrativas às quais o mundo quase nunca se cansa de aderir… Nós necessitaríamos revelar que essas estórias de raça e nacionalidade são lendas; que são lendas, na melhor das hipóteses, inúteis ou – na pior – perigosas: então que um outro conjunto de histórias nos auxilie a construir nossas identidades, e que através dessas novas histórias nós possamos realizar relacionamentos socialmente mais produtivos.

Investigar, pensar e discutir a “diferença” coloca-se então como desafio permanente aos terapeutas sociais na medida em que o ser “diferente” passa a conceber-se em uma dimensão cultural e sócio-histórica, ou seja, transcendendo os limites de uma abordagem exclusivamente biológica cuja ênfase, geralmente, recai na “diferença” enquanto patologia.[15]

A terapia social da performance ou da atuação, em resumo, e nas palavras de Lois Holzman e Rafael Mendez, é um método “improvisacional, investigativo e desenvolvimental que focaliza questões práticas que dizem respeito a clínicos [educadores] e estudantes das várias escolas de psicoterapia e aconselhamento.”[16]

Trata-se de uma prática terapêutica que utiliza de modo sistemático a linguagem teatral, performance ou atuação como recurso para o crescimento afetivo e social do sujeito, objetivando o seu desenvolvimento cultural. O uso da linguagem teatral no tratamento clínico-pedagógico se justifica no e-learning então porque “na opinião de um número crescente de teóricos e praticantes [da psicologia], a capacidade humana de atuar – de criar infinitamente novas situações, cenários, histórias, personagens, caracterizações – é onde se encontra a excitação, o crescimento, o desafio e a ajuda.”[17]

A terapia social da performance ou atuação é também denominada psicologia performática. A psicologia performática configura portanto uma abordagem pedagógico-terapêutica à ATIVIDADE humana – e não ao “comportamento” humano – que apresenta possibilidades para a inovação educacional.

A abordagem performática ao aprendizado eletrônico começa a ganhar terreno nas práticas ludopedagógicas de ensino on-line particularmente no EducomLab do GEPAEad – grupo de estudos e pesquisas sob minha responsabilidade. Justifica-se portanto sua apresentação aqui como alternativa ao e-learning numa perspectiva emancipadora do sujeito: [18]

A atuação é um modo de ir além de “quem nós somos” e criar algo novo… Particularmente em ambientes educacionais nós somos frequentemente relacionados muito mais a “quem nós somos” e raramente encorajados e apoiados a atuarmos para além de nós mesmos ou a fazermos o que não sabemos. Com isso, deixamos de continuamente criar “quem estamos nos tornando”. Nós acabamos ficando tão amedrontados de experimentar outros papéis que desistimos de criar novas formas de atuação para a nossa pessoa. Então a gente agarra-se a uma identidade como “aquele tipo de pessoa” – alguém que faz determinadas coisas (e as faz de modo muito particular) … Aí, qualquer coisa que fuja disso faz com que a maioria de nós – porque esquecemos que somos também o que estamos nos tornando – pense logo que não poderia se tratar de “quem nós somos” ou que aquilo não seria “verdadeiro”. Criar ambientes para que crianças e adultos possam atuar pode (re)iniciar o seu crescimento. Participar da criação de um “palco” para a atuação e atuar nele [em ambientes virtuais de aprendizado] é como nós podemos ir além de nós mesmos para criar novas experiências, novas habilidades, novas capacidades intelectuais, novos relacionamentos, novos interesses, novas emoções, novos desejos, novos objetivos – o que é, no fundo, a essência do aprendizado e do desenvolvimento humanos.

A atuação no sistema MOODLE de gerenciamento do aprendizado

O sistema MOODLE de gerenciamento do aprendizado (SGA) encontra-se em experimentação na Uneb sob iniciativa da linha de pesquisa 2 do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade-PPGEduC do Campus I.

Sistemas concebidos para o gerenciamento de cursos on-line (Learning Manager Systems/LMS) costumam ser denominados também sistemas de gerenciamento do aprendizado (SGA) ou ainda ambientes virtuais de aprendizado (AVA).

O Modular Object Oriented Distance LEarning/MOODLE ou modulador de objetos de aprendizado para o ensino à distância é apenas um, dentre vários sistemas para o gerenciamento de cursos (SGC) que se encontram à venda nas prateleiras do “aquecido” mercado do aprendizado eletrônico (e-learning). No Brasil, podem-se destacar os SGCs (1) AulaNet, (2) E-proinfo e (3) TelEduc, por exemplo, só para relacionar aqui os mais conhecidos.

O MOODLE é um programa (software) livre destinado à criação de cursos online – um projeto concretizado originalmente sob a responsabilidade de Martin Dougiamas na Curtin University of Tecnology em Perth, Austrália. Provavelmente em razão disso – pelo fato de ser “livre” – o SGA MOODLE é utilizado por algumas IES públicas e privadas com sede na Capital baiana (é o caso das Faculdades Jorge Amado/FJA, Faculdade de Tecnologia Empresarial/FTE, Faculdades Integradas da Bahia/FIB e da Universidade do Estado da Bahia-Uneb.

Sua característica de programa de fonte aberta (Open Source Software/OSS) permite que o MOODLE possa ser instalado, usado e modificado por diferentes organizações sem grandes custos. Pode-se inclusive até mesmo distribuí-lo – evidentemente nos termos da General Public Licence/GPL.

Uma característica importante do MOODLE – se e quando comparado a outras plataformas SGC – é  sua fundamentação pedagógica: o “MOODLE é orientado por uma particular filosofia de aprendizagem, uma maneira de pensar que pode ser simplificadamente chamada de ‘pedagogia social-construcionista.” [19]

O social-construcionismo, de acordo com o professor doutor Athail Rangel do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB, postula que todo aprendizado eficaz sempre resulta na construção de algum artefato passível de uso por parte de outros – uma anotação, uma mensagem eletrônica, uma imagem ou programa para computador, por exemplo.

O professor Rangel informa-nos ainda que o MOODLE teria sido concebido originalmente para atender às solicitações de um aprendizado (co)laborativo reivindicado pela pedagogia social-construcionista: “um grupo de pessoas contruindo coisas umas para as outras, criando de maneira colaborativa uma pequena cultura de coisas compartilhadas com significados compartilhados.”[20]

É preciso também revelar que o empreendimento pedagógico (co)laborativo MOODLE/Uneb encontra-se, neste momento, sob a responsabilidade da professora doutora Lynn Alves. E que esta pesquisadora, ao contrário daqueles habitantes do cyberespaço que eu costumo chamar de “cyberveranistas” – porque não possuem “presença virtual”, isto é, não “residem” em seus endereços eletrônicos – procura interagir intensamente com todos os que buscam dialogar com ela através da comunicação mediada por computador (CMC) na Rede (Web).[21]

Acessando-se o endereço eletrônico do MOODLE/Uneb em e, logo a seguir, clicando-se sobre CURSOS/GRADUAÇÃO/PEDAGOGIA, o leitor facilmente poderá localizar  – e adentrar como visitante – as salas de aula virtuais das disciplinas conduzidas por mim que configuraram o locus cibernético de experimentação da abordagem performática a e-coletivos que se busca expor neste artigo.

São duas salas de aula virtuais: (1) COM 034 Relações Humanas na Escola e na Empresa, (2) CIS 373 Psicologia das Relações Humanas. As salas foram criadas para atender aos alunos do curso regular de Pedagogia do Departamento de Educação-DEDC/Campus XV (semestre 2004.2).

Ambas as turmas possuiam em torno de 40 cursistas cada uma. As salas de aula virtuais (1) COM 034 e (2) CIS 373 foram dedicadas à disciplinas oferecidas a um mesmo grupo de acadêmicos (5º semestre). Os referidos cursos on-line encontram-se pré-configurados como “curso em tópicos” – uma opção para formatação de ambiente virtual de aprendizado (AVA) disponível na plataforma MOODLE – e se desenvolveram sem qualquer prejuízo dos encontros presenciais, semanais, com os alunos.

Optou-se pela modalidade semi-presencial de EaD em razão de uma série de fatores dentre os quais podem-se destacar, por exemplo,  (1) a dificuldade de acesso à internet por parte dos cursistas (alguns residem em localidades onde sequer existe luz elétrica!) e (2) a insuficiência, na ocasião, de infra-estrutura organizacional para o oferecimento do ensino à distância no DEDC/Campus XV da Uneb – hardware, software e “peopleware.”[22]

Os procedimentos metodológicos da investigação sustentam-se no que se convencionou chamar de observação participante (OP) em Pesquisa Social [23] e encontram-se em sintonia com o paradigma eleito “baliza” para o desenvolvimento do corrente empreendimento investigatório.[24] Observações participantes em SGAs dizem sobretudo da natureza fundamentalmente qualitativa deste tipo de pesquisa.[25]

Os resultados parciais apresentados a seguir buscam revelar o modo “ativo” de interagir com a interface MOODLE que é encorajado pela abordagem performática ou da atuação a objetos de aprendizado. Neste tipo de prática ludopedagógica o sujeito é solicitado a atuar para além do SER (quem ele é) experimentando, sem medo, o DEVIR (quem ele está se tornando). Trata-se de propor aos usuários das salas de aula virtuais a “futucação”[26] da ferramenta SGA MOODLE – sem fornecer-lhe instruções prévias de como deve-se fazê-lo.

Evidentemente isso não implica excluir o repasse e a troca (co)laborativa de informações úteis ao e-coletivo para solucionar, de modo efetivo, problemas eventualmente enfrentados por um determinado membro do grupo (e por que não também por parte do próprio professor?). Não se pode saber “tudo”. Conseqüentemente, a principal idéia do aprendizado (co)laborativo é a noção de “rede”, isto é, de “focos” (nódulos) de competência presentes no “tecido” social rizomático (“trama” em forma de raiz se expandindo em múltiplas e variadas direções) de toda e qualquer interação tipicamente humana.[27]

Este “tecido” hipertextual – tipicamente social – compõe-se de elos ou “pontes” (links) entre diferentes “pontos” e configura nitidamente uma espécie de “teia” – com “buracos” e “encruzilhadas” que podem levar a incontáveis “caminhos”, inclusive a becos sem saída Λ Mas há sempre a possibilidade de voltar atrás e tomar-se nova direção ϑ Até porque nada é definitivo, viver IRL (In Real Life = na vida real) não é definitivo.

O “futucar” ao qual me refiro aqui busca então sinalizar aquela atividade do sujeito que privilegia as vivências sensoriais e cinestésicas (portanto vivências cênicas, corporais), típicas da modalidade de pensamento em zapping (do clicar) que caracteriza a co-construção[28] de saberes fundados na inferência ou intuição, isto é, daquilo que pode ser “concretamente” experienciado pela pessoa.[29]

Resultados parciais obtidos

Serão expostos adiante alguns dados produzidos a partir da implementação do curso on-line COM 034 Relações Humanas na Escola e na Empresa na plataforma SGA MOODLE que, como já informei, encontra-se em uso e experimentação na Uneb. Destacarei a atuação de um dos cursistas matriculados nesta disciplina particularmente no fórum LEITURA DAS IMAGENS. Este fórum foi criado pelo professor em 22 de outubro de 2005 e solicita aos cursistas suas interpretações das obras Olaria de Djanira e Acidente de Trabalho de Sigaud :

PROFESSOR – Observe os quadros “Olaria” de Djanira e “Acidente de trabalho” de Sigaud. O que o seu olho vê neles? O que o seu olho pode ler neles?

Estas obras de arte foram disponibilizadas no AVA da disciplina a partir do repositório de objetos de aprendizado (ROA) da Fundação Iochpe denominado midiateca localizado no sítio virtual Arte na Escola.

Veja-se a seguir um trecho da resposta do aluno W, “postada” como resposta a este fórum em 4 de novembro de 2005:

Eu vejo, nestes quadros, o que muitas vezes encaramos como natural na realidade, e que não é. No primeiro quadro, “Olaria” ( djanira ) vê-se um grupo de pessoas em um ENGENHO DE AÇÚCAR E NAS PLANTAÇÕES EM SEU TRABALHO ROTINEIRO. Acredito que, como todos os trabalhadores, aqueles retratados na figura também se tornam alienados de suas ambições/sonhos estando presos a uma engrenagem, a uma máquina. Eles fazem parte de um sistema e não sabem como podem estar fora daquela realidade. E nem tem essa consciência de classe oprimida e explorada. [Maiúsculas minhas]

No dia 11 Novembro o mesmo aluno volta a registrar uma nova mensagem no fórum:

Estou fazendo uma pequena retificação do texto que escrevi onde nme referi ao quadro Olaria como se estivesse retratando uma casa de engenho. Abaixo segue uma nova cópia do meu texto constanto a retificação necessária … No primeiro quadro, “Olaria” ( djanira ) vê-se um grupo de pessoas em uma OLARIA EM SEU TRABALHO ROTINEIRO… [Maiúsculas minhas]

Examinando-se o conjunto das mensagens registradas neste fórum não se constata nenhum comentário referente ao “ato falho” do aluno W. Nem mesmo por parte do professor. Unicamente após o próprio cursista tomar consciência do “erro” cometido é que o professor “posta” a seguinte observação:

O que Freud diria a respeito deste “ato falho”, W? Ô, S [cursista], vc que é nosso “foco de competência” em psicanálise, o que poderia nos falar sobre isso? Em PSICOPATOLOGIA DA VIDA COTIDIANA – o maior sucesso editorial de Freud – isso é tratado de modo exaustivo.

Acredito que os fragmentos de texto transcritos acima possam auxiliar o leitor no entendimento das implicações pedagógicas de uma abordagem performática a objetos de aprendizado. Neste tipo de empreendimento educativo o professor não é, a rigor, o único “mediador”. A mediação pedagógica (a relação professor-cursistas e dos cursistas entre si) é instituída pela CULTURA de cada sujeito e pela cultura “escolástica” com auxílio da ferramenta SGA e dos signos icônico-verbais que se interpõe entre todos os enredados no/pelo aprendizado eletrônico.[30] Trata-se do que HOZMAN & NEWMAN denominam por método do instrumento-e-resultado.[31]

Talvez em nova oportunidade seja possível aprofundar o que se disse aqui e discutir de modo exaustivo as implicações pedagógicas do instrumento-e-resultado (abordagem performática) aos cursos on-line. Por enquanto considero suficiente a exposição que se fez até aqui deste promissor e provocativo método de ensino-aprendizado.

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ψ Comunicação apresentada ao GT 2 – EAD e mediação pedagógica do 3º Encontro Regional ABED de Educação a Distância Região Nordeste. Salvador-Ba: IAT, 24 e 25 de novembro de 2005.

[1] ALVES, Lynn e SOUZA, Antônio Carlos (2005) Objetos digitais de aprendizagem: tecnologia e educação. Versão digitalizada de artigo aprovado para publicação na Revista Educação e Contemporaneidade. Salvador: Uneb/Departamento de Educação – Campus I, p. 2.

[2] GIRARDI, Reubem Alexandre D’Almeida (2004) “Nova definição de Learning Objects”. In: Framework para coordenação e mediação de Web Services modelados como Learning Objects para ambientes de aprendizado na Web. Rio de Janeiro: Departamento de Informática do Centro Técnico e Científico da PUC, cap. 4, p. 36 [Dissertação de mestrado].

[3] HOLZMAN, Lois (2005) A (very) brief history of social therapy. Psych Out – The Newsletter of the East Side Institute for Group and Short Term Psychotherapy. New York: East Side Institute, july 2005, vol. 4, n.1, p.1.

[4] Idem, p. 1.

[5] NEWMAN, Fred & HOLZMAN, Lois (2002a) “Lógica e psicoterapia”. In: Lev Vygotsky ci
NEWMAN, Fred & HOLZMAN, Lois (2003) All power to the developing! New York: East Side Institute for Short Term Psychotherapy, p. 6 [Rascunho impresso de artigo solicitado pela revista Annual Review of Critical Psychology]

[7] Idem.

[8] VIGOTSKI, L. S. (1996) Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes.

[9] NEWMAN, Fred & HOLZMAN, Lois (2003) All power to the developing! New York: East Side Institute for Short Term Psychotherapy, p. 6 [Rascunho impresso de artigo solicitado pela revista Annual Review of Critical Psychology]

[10] BOAL, Augusto (1999) O arco-íris do desejo: método boal de teatro e terapia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; JAPIASSU, Ricardo (2005a) “Abordagens pedagógicas do teatro na educação”. In: Metodologia do ensino de teatro – 3ª edição revista. Campinas: Papirus, cap. 1, p 29-54; JAPIASSU, Ricardo (2005b) “A terapia social da performance”. In: Metodologia do ensino de teatro – 3ª edição revista. Campinas: Papirus, cap. 1, p 55-62; MORENO, J. L. (1974) Psicodrama. Buenos Aires: Hormé.

[11] NEWMAN, Fred & HOLZMAN, Lois (2003) All power to the developing! New York: East Side Institute for Short Term Psychotherapy, p. 9 [Rascunho impresso de artigo solicitado pela revista Annual Review of Critical Psychology]

[12] Idem, p. 7.

[13] GORDON, Edmund W. and others (2003) Changing the script for youth development – an evaluation of the All Stars Talent Show Network and the Joseph A. Forgione Development School for Youth. New York: Institute for Urban and Minority Education/IUME, Teachers College, Columbia University, p. 13.

[14] APPIAH, K. A. (1995) In my father’s house: Africa in the philosophy of culture. New York: Oxford University Press, p. 174.

[15] REY, González (2002) Pesquisa qualitativa em Psicologia – caminhos e desafios. São Paulo: Thompson/Pioneira.

[16] HOLZMAN, Lois & MENDEZ, Rafael (2003) Psychological investigations – a clinician’s guide to social therapy. New York and Hove: Brunner-Routledge, preface, p. xv.

[17] Idem, p. xiv.

[18] HOLZMAN, Lois (2005) Psicologia performática. [online]. Tradução de Ricardo Japiassu. Disponível na Internet via www. URL: http://www.ricardojapiassu.pro.br/lois.htm Arquivo consultado em novembro.

[19] FILHO, Athail Rangel Pulino  (2004) Introdução ao moodle ambiente de aprendizagem módulo 1. Brasília: Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB, p.2.

[20] Idem, p.3.

[21] RECUERO, Raquel da Cunha (s/d) Comunidades virtuais – uma abordagem teórica. Porto Alegre: PUC-RS [Trabalho apresentado no V Seminário Internacional de Comunicação, no GT de Comunicação e Tecnologia das Mídias]

[22] AZEVEDO, Wilson (2005) “Panorama atual da Educação a Distância no Brasil”. In: Muito além do jardim de infância – temas de educação online. Rio de Janeiro: Armazém Digital, cap. 2, p. 13-18, p. 16.

[23] BATISTA, Lúcio José Carlos (s/d) Aprendizagem colaborativa mediada por computador. Brasília: Câmara dos Deputados; JAPIASSU, Ricardo O. V. (2003) “A perspectiva ludopedagógica do teatro na pré-escola”. In: Jogos teatrais na pré-escola: o desenvolvimento da capacidade estética na educação infantil. São Paulo: FE-USP, p 1-21. [Tese de doutoramento];
JAPIASSU, Ricardo O. V. (1999) “Introdução”. In: Ensino do teatro nas séries iniciais da educação básica: a formação de conceitos sociais no jogo teatral. São Paulo: ECA-USP, p. 14-21. [Dissertação de mestrado]; MAY, Tim (2004) “Observação participante: perspectivas e práticas”. In: Pesquisa social – questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, cap. 7, p. 173-203; OLIVEIRA, Elsa Guimarães (2003) Educação a distância na transição paradigmática. Campinas: Papirus; SIQUEIRA, Vera Lúcia de Azevedo (s/d) Representações em educação online: um estudo das ‘falas’ na perspectiva dos sujeitos aprendizes. Brasília: Faculdade de Educação da UnB [Dissertação de mestrado];

[24] KUNH, Thomas S. (2003) “Pósfácio – os paradigmas e a estrutura da comunidade”. In: A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, p. 221-227.

[25] ANDRÉ, Marli E. D. A. de (1995) Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus; ANDRÉ, Marli E. D. A. & LÜDKE, Menga (1986) Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU; FREITAS, Maria Teresa de Assunção (2003) A pesquisa na perspectiva sócio-histórica: um diálogo entre paradigmas. Poços de Caldas: ANPED, sessão especial da 26ª Reunião Anual “Novo Governo novas políticas?” de 5 a 8 de outubro; GARCIA, Regina Leite (Org.) (2003) Método métodos contra-método. São Paulo: Cortez; REY, Gonzalez (2002) Pesquisa qualitativa em Psicologia – caminhos e desafios. São Paulo: Pioneira-Thompson; TURATO, Egberto Ribeiro (2003) Tratado de metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas de saúde e humanas. Petrópolis-RJ: Vozes.

[26] ALVES, Lynn Rosalina Gama & PRETTO, Nelson (1999) Escola: espaço para a produção de conhecimento? Revista Comunicação & Educação. São Paulo: ECA-USP, n. 16, p. 29-35.

[27] OLIVEIRA, Marta Kohl de (1986) Raciocínio e solução de problemas na vida cotidiana de moradores de uma favela. São Paulo: FE-USP/Encontros de Psicologia.

[28] VASCONCELOS, Vera M. R. de & VALSINER, Jaan (1995) Perspectiva co-construtivista na Psicologia e na Educação. Porto Alegre: Artes Médicas.

[29] ALVES, Lynn R. G. (1999) Internet – um novo espaço de aprendizagem na formação do professor. Salvador: Seminário Internacional de Pesquisa; SCHOPENHAUER, Arthur (2005) “Crítica da filosofia kantiana”. In: Arthur Schopenhauer – vida e obra. S. Paulo: Nova Cultural, coleção Os pensadores.

[30] JAPIASSU, Ricardo O. V. (1997) Escola do futuro: aprendizado e desenvolvimento com utilização de mídia eletrônica. Revista da FAEEBA Educação e Terceiro Milênio. Salvador: Uneb/Campus I, ano 6, n.8, jul-dez.

[31] NEWMAN, Fred & HOLZMAN, Lois (2002b) “Práxis: A metodologia instrumento-e-resultado”. In: Lev Vygotsky cientista revolucionário. São Paulo: Loyola, cap. 3, p. 45-69.